segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Livro: Comer, rezar, Amar

 
[Fonte da Imagem: Amerianas]
Em torno dos 30 anos, Elizabeth Gilbert enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo o que uma americana instruída e ambiciosa teoricamente poderia querer: um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado, até que se viu tomada por um sentimento de liberdade que ainda não conhecia.

Foi quando tomou uma decisão radical: livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego e partiu para uma viagem de 1 ano pelo mundo, sozinha. Comer, Rezar, Amar é a envolvente crônica desse ano. O objetivo de Gilbert era visitar três lugares onde pudesse examinar aspectos de sua própria natureza, tendo como cenário uma cultura que, tradicionalmente, fosse especialista em cada um deles.

Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano, e engordou os onze quilos mais felizes de sua vida. À Índia foi dedicada à exploração espiritual e, com a ajuda de uma guru indiana e de um caubói texano surpreendentemente sábio, embarcou em quatro meses de viagem. Em Bali, exercitou o equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Tornou-se discípula de um velho xamã, e também apaixonou-se da melhor maneira possível, inesperadamente.

Escrito com ironia, humor e inteligência, Comer, Rezar, Amar é um relato de auto-descoberta que fala sobre a importância de assumir a responsabilidade pelo próprio contentamento e parar de viver conforme os ideais da sociedade. É um livro para qualquer um que já tenha se sentido perdido, ou pensado que deveria existir um caminho diferente, e melhor.
Eu ganhei esse livro como um presente de aniversário super, ultra, mega atrasado. Ou adiantado para o ano que vem, dependendo do ponto de vista. Mas ele veio de uma amiga com a simples introdução: 
Ju, ele me veio à cabeça para lhe dar, mas não sei o motivo
Não poderia ter sido de outro jeito. E nada combinaria mais com esse livro e com o efeito benéfico que ele vem me proporcionando. Engraçado a infindável onda de reflexão que eu faço diante da leitura fácil e tranquila de suas páginas. E como eu me sinto realmente absorvendo esse conhecimento. Como me torna mais leve e como eu me divirto diante de situações que a personagem enfrenta. Suas batalhas internas e externas, as mudanças que se operam e, principalmente, a aceitação do se é. Há frases nas quais eu paro, olho pro céu, e realmente agradeço pela oportunidade de ouví-las, e peço que sejam compreendidas também.
A busca do equilíbrio entre a fé e prazer certamente é o mais difícil equilíbrio para se buscar. Eu até hoje não sei nem por onde começar. E já filosofando, nem deveria buscar. Sei lá. O livro me ajudou e ver aspectos meus dos quais eu não gosto. Por exemplo, eu sou sim muito controladora. Herança familiar, genética. Chame como quiser, mas ninguém gosta de ser acusado de controladora em meio a uma discussão familiar.
E eu nunca entendi direito a prece. Não tenho a menor idéia de como reverenciar Deus. Sempre foi mais uma conversa ora agradável e divertida, ora turbulenta e agressiva, ou apática e sonolenta. Mas nunca foi uma devoção, nem uma reverencia.  Para mim Deus sempre esteve ali. Simplesmente Ele sempre esteve ali, do meu lado. Nunca imaginei que a Onipresença Dele pudesse, literalmente, significar que Ele estivesse dentro de mim, sendo Eu, e não sendo ao mesmo tempo. Taí algo que eu estou neste momento, como boa virginiana, de ascedente em Capricornio e Lua em Touro, analisando e apreciando para tomar minha decisão depois.
Enfim o livro expandiu meus horizontes como nenhum outro livro jamais fez. Tem me levado a reflexões que nunca cogitei. Posso dizer sem sombra de dúvida ser meu segundo livro predileto, perdendo apenas para Fernão Capelo Gaivota. Eu realmente quero ler o livro de novo, agora com mais calma, pesquisar na internet o que eu grafei. Buscar mais sobre tudo que eu li. Não que eu pretenda fazer o que ela fez. Cada um tem sua própria jornada, seu próprio caminho. Seu próprio Mapa Astral posso dizer. Mas serve de inspiração para muita reflexão.

Opinião: Recomendado para quem está em busca de si mesmo, ou deseja uma leitura leve.

Publicado, originalmente aqui
mas resolvi que combinava mais com o Capital Rosa.

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